quinta-feira, 27 de novembro de 2014

VENHA

Semente que foi lançada
Fez paixão ser realçada
Figura que surge em susto
Trazendo a paz
entrelaçada

Vinde bem, figura boa
Traga amor, traga ternura
Chegue logo, formosura
E faça rir, que o tempo voa

Que una tudo, que una todos
Que por um dia, de fraco ser
Deixaram o mal prevalecer
Deixaram até deixar viver
Agora são somente tolos
que aprendem com
quem ainda vai ser

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

FULMINANTE


Olhar fulminante
Penetra, instiga
que prende, castiga
cravando o instante
 
Profundo, vulgar
decente, sem par
impuro, veneno
que escassa o ar
 
No risco, sem fôlego,
embaça, provoca
embarca, me toca
e se envolva na troca

terça-feira, 21 de outubro de 2014

aonde vai parar ?

Que as coisas não vão bem em diversos campos, isso é notório para todos. A saúde agonizando, educação precária, profissionais mal remunerados, desmotivados, falta de estrutura e equipamentos. Parece ser sempre o mesmo blá, blá, blá. Mas entre as diversas mazelas sociais que ocorrem neste pobre rico país, uma me chama mais a atenção: a segurança pública.


Não irei entrar no mérito do sucateamento das polícias, da falta de efetivo, dos míseros salários pagos em alguns estados, transformando a profissão em um subemprego, em uma última opção de trabalho. Isso também já é senso comum, notícia corriqueira. O que mais preocupa dentro da segurança pública é a inversão de valores que ocorre atualmente.


Entendo perfeitamente o espírito da Constituição de 1988. Ela foi elaborada por pessoas que vivenciaram situações de extremo abuso de poder, sobretudo pelos militares. Entendo também que a polícia de outrora era por demais politizada, entranhada em um sistema brutal e corrupto, servindo a interesses de um ou outro grupo que se revezava no poder. Tudo isso contribuiu para que um conjunto de leis mais rígidas no que tange o controle de abusos fosse criado. Além disso, a proliferação de políticas voltados aos interesses de defesa dos direitos humanos tornou-se uma realidade indissociável de qualquer lei que porventura seja criada.


O que está acontecendo nos dias atuais é justamente uma inversão de valores. A cada dia novas leis penais são criadas, favorecendo que opta pelo mundo crime. Brechas legais são utilizadas por experientes advogados para postergar condenações. Policias, ao contrário do que dita a lei, são praticamente considerados culpados até que se prove a inocência.  Militantes dos direitos humanos confortam famílias de presos, mas não auxiliam famílias de policiais mortos no cumprimento do dever. O próprio Estado paga auxílio reclusão de R$ 798,30 para famílias de detentos, enquanto briga para que o salário mínimo fique em R$545,00 e, ao mesmo tempo, tira todas as gratificações do policial da ativa que teve que se aposentar por invalidez em decorrência de acidente em serviço.


Onde está, afinal, a real defesa dos Direitos Humanos? Ela só existe para um lado da moeda? Cadê o Estado que não está vendo que as pessoas estão perdendo o principal de seus direitos, que é a liberdade? Como ter qualidade de vida se ela vem desacompanhada da sensação de segurança? Por onde andam os direitos dos cidadãos de bem de possuírem seus bens sem a preocupação de ter que escondê-los? Até quando vamos suportar infratores com mais de trinta passagens pela polícia soltos nas ruas e cometendo os mesmos crimes?


O Brasil marcha, perigosamente, para um caminho sem volta. Não gera votos investir em segurança pública. Não gera mídia o esforço para que um novo modelo de segurança seja implantado. As coisas não vão bem e a tendência é piorar. Os bandidos debocham de todo o sistema penal, a polícia e a justiça estão cada vez mais amarradas por leis criadas sem um mínimo critério, os presídios caríssimos não recuperam mais ninguém. Muitas questões, nenhuma ação e o sangue de gente inocente sendo derramado sem respingar nos detentores do poder, já que para eles o sistema não falha, pois vivem num país paralelo, com carros blindados, seguranças particulares e condomínios de luxo.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Intouerfiro em seu destino,
tentando acertar o meu.
Troco peças, falsas promessas,
troco carícias e conversas incertas.


Busco o quem sabe,
encontro o talvez,
persigo respostas para perguntas que ninguém fez.
Estranho viver,
estranho virá,
deixar ao acaso o que foi,
o que pode ser,
o  que ainda será.


Enquanto cresce o desejo,
definho sem saber parar,
tropeço em palavras tortas
que insisto em querer usar.
A capacidade de pensar é o que mais difere o ser humano dos outros animais. Penso, logo existo, diria Descartes. Penso, minto, logo existo, eu completaria. A mentira é um subproduto do pensar e está encravada na consciência humana. Somos educados e crescemos ouvindo e praticando mentiras diariamente. E talvez não houvesse possibilidade do convívio entre as pessoas se não existisse a mentira para amenizar algumas situações.
O cachorro, por exemplo. Ele jamais mente. Se gostar de uma pessoa, abana o rabo, fica perto, chama para brincar. Quando não gosta, late, rosna, morde. Ele não finge ser uma coisa que não é. Apenas demonstra, sem hesitar, o que está sentindo naquele momento. Com os outros animais também funciona assim, em menor ou maior sinal de demonstração.
Já nós, os evoluídos seres humanos, necessitamos da mentira. Por vezes ela serve como um conforto às inquietações. Por outras, para mascarar falsas felicidades, que aumentam ainda mais o ciclo da mentira em nossas vidas. Muitas pessoas fazem de suas vidas uma grande encenação, atuando de forma a convencer que sempre vivem maravilhosamente bem. São pessoas que usam a mentira em sua forma mais cruel, que é a de mentir a si mesmo.
Em diversas situações a “auto-mentira” se faz presente. São pais que sabem que suas filhas vão para as casas dos namorados, mas que fingem para si que elas estão com as amigas. São pessoas que fingem estudar enquanto estão com a cabeça em outro lugar, somente para dar uma satisfação de que fazem alguma coisa. Outras que fingem um altruísmo coletivo enquanto o egoísmo as corroem.
Homens e mulheres usam a mentira cada qual a sua maneira. As mulheres mentem mais nas amizades, tecendo elogios falsos umas às outras, sugerindo coisas que não gostariam para elas próprias. Homens mentem em relação ao trabalho, têm vergonha quando não estão no mesmo status que os amigos. Além disso, usam um bocado da mentira nos relacionamentos, que talvez não durassem uma semana se elas não fossem mesmo usadas.
É preciso saber dosar. Não há como ser verdadeiro todo o tempo, sob o risco de magoar pessoas queridas. Pense como seria ruim se uma amiga lhe perguntasse se está gorda? Por mais que você pense que sim, jamais pode falar isso na lata. A mentira pode e deve ser usada em algumas ocasiões, mas sempre de um modo moderado. Mentir ou omitir uma informação pode trazer a paz ou levar ao inferno. Mais importante do que mentir ou não, é saber até que ponto esta atitude interfere na esfera pessoal do outro e quais seriam as conseqüências reais caso tudo viesse à tona.

domingo, 19 de outubro de 2014

Sem Pudor

Quando vier a saudade


E com a ela dor


Lembre-se do momento


Do calor,


da vontade, do ardor,


sem pudor, da intensidade,


das mentiras, da verdade.


Daquilo que te fere,


daquilo que me invade,


que te altera o humor,


infelicidade

terça-feira, 14 de outubro de 2014

o amor?

O amor, por que difícil ? Difícil de decifrar, descrever, sentir, entender. O amor é um ponto de interrogação, uma teoria no qual nunca ninguém vai saber descrever, cada um sente de uma forma, de uma forma fria, de uma forma mais amorosa, cada um o descreve e sente de um jeito único, é inexplicável, doloroso, mas as vezes gratificante. Eu acredito que cada um tem a sua "alma gêmea" e que essas decepções amorosas acontece para que quando chegue a pessoa certa tudo seja diferente e tudo que passou foi uma lição pra saber seguir em frente com alguém que realmente valha apena. Meio sem nexo e objetivo esse texto, mas a saudade de escrever e passar o que sinto em forma de texto, me faz se sentir bem, faz com o vazio diminua. Mas enfim, o amr da mesma forma que pode ser gratifica te e gostoso, pode ser doloroso e frio.